As pessoas que me encantam

Como diria uma amiga de uma amiga minha "as pessoas encantam-me"... apaixonam-me... às vezes chega a ser assustador a forma como algumas pessoas me encantam... as maravilhas k têm dentro de si, o sorriso, um abraço, uma palavrinha no sítio certo... as conversas, os olhares tão verdadeiros e k dificilmente conseguem mentir. E todas as pessoas, umas mais k outras são fantasticamente encantadoras, algumas até demasiado...
E seria tão maravilhoso se pudessemos amar essas pessoas sem nos tornarmos "infiéis" a ninguém... pô-las em diferentes prateleiras da estante do nosso coração, sem sermos acusados de traição, porque o amor pode assumir várias cores, vários tamanhos... agora tu fikas na prateleira azul e tu na laranja... e volta e meia, quando limpássemos o pó da estante, uns desciam de prateleira e outros subiam, e a vida seria bem mais fácil... mas infelizmente o ser humano é um pouco egoísta e quer k uma pessoa apenas se limite a amá-la incondicionalmente.
Quanto a mim, continuo a construir a minha estante, com prateleiras sem fim, umas de azul claro, outra de azul acinzentado, outra ainda de azul céu... pensando sempre que os tons se tornem inesgotáveis... amar indefinidamente to the edge...

by myself

Vila Nova de Cerveira 

Pegadas

Pegadas

Acontecimentos

Já alguns dias sem passar por cá... o Natal já se foi, e pa rematar a desgraça, pelo segundo ano consecutivo... às vezes a natureza consegue ser cruel... Paisagens deslumbrantes, de perder de vista, e de repente, tudo se desmorona, água, lama, casas destruidas, pessoas desaparecidas, imagens de desgraça... tristeza, lágrimas, dor... e k final de ano mais cruel este... e o sentimento de impotência k aparece de não podermos fazer nada para ajudar... ficamos incrédulos frente aos noticiários, frente a este panorama de devastação... já nem apetece festejar... ouvir falar de presentes, de festas loukas de fim de ano...

Me on fields of gold by Eva Cassidy

by myself

Norte

Norte

Para partilhar mais um desses fantásticos momentos à deriva pelo nosso país... desta vez a norte, no interior... Freixo de Espada à Cinta... e k belo é...

Insónias

Que será de nós
Se o sofrimento nos possuir?
Passaremos noites e dias a chorar,
Dias e noites a gritar.
Seremos consumidos
Bocadinho a bocadinho,
Como quem mata devagarinho
Para que a dor seja maior...
E tomaremos o amargo sabor da vida
Cada vez que acordarmos
Se conseguirmos enfim dormir...

by myself

Às vezes é dificil deitarmo-nos com este sentimento de dor... às vezes é ainda mais dificil levantarmo-nos e termos coragem para enfrentar a vida com toda esta amargura dentro de nós... mas a vida é mesmo assim... nos dias em k nos sentimos felizes nem lhes damos valor... nem nos lembramos de escrever algo para k eles sejam lembrados... mas nos dias em k nos sentimos deveras triste e amargurados, cá estamos nós a escrever o k nos vai na alma...
"eu não sei kem te perdeu" é talvez a música k me faz mais companhia neste blog... e de seguida "ecos de uma asa k voa"... talvez por isso estas palavras saiam sempre um bocadinhu assim nem sei bem como...

O Natal

bem... não podia deixar de falar do natal..
"last christmas i gave u my heart but the very next day u gave it away"... e será k ainda há alguém k ofereça algo de não palpável???
Qdo me ponho a pensar... fiko um cadinhu triste... tenhu xaudadinhas do natal passado com o meu avôzinho lindo e com a avó masi meiga do mundo... já lá vai algum tempo... em k era curtido fazer competição de ver kem recebia o maior número de caixas de bombocas... e akeles chocolatinhos rectangulares fantásticos... guardavamos religiosamente as pratas direitinhas nos cadernos da escola pa enfeitar a árvore no natal seguinte... ahhh k saudades...
Hoje as pessoas andam como loukas a comprar presentes, como se as pessoas se devessem comprar... ver kem recebe o melhor presente... ou melhor o presente mais caro... dantes pedíamos uma bonekita, um carrito de madeira... agora o melhor pc ou o último modelo dos popós grandes k sairam no mercado... roupa... marikices meus amigos...
Haverá melhor presente do k algo feito pela própria pessoa? nem k seja um singelo, mas lindo anjinhu feito de papel de prata, com todo o amor e carinho?... um postal, uma caixa de bombocas.... ahhh uma caixa de bombocas...
Vamos continuar nesta saga de correria ás lojas? gastar bué dinheiro pa dizer k demos os melhores presentes?
Pois eu recuso-me... chamem-me forreta, sovina... não kero saber... como dix a canção "não tou nem aí"... embrulharei a minha amizade num pedaço de jornal... e vou dá-la a todos os k a kiserem aceitar... "all i want for christmas is you" =)

Amargura

E estas palavras
Que saem de dentro de mim,
Amarguradas,
Como quem anda à procura
De um grão de areia perdido...
Ver passar o tempo,
Ver passar as pessoas,
E uma vida
Que teima em não mudar...

E esta vontade,
De matar a sede com beijos,
E de amar sem olhar,
E sentir sem tocar,
E cantar
Para poder ser livre...
E gritar,
Porque o mundo não nos foi fiel...

E amar,
E sentir,
E cantar,
Sem ser preciso gritar,
E sorrir
Sem ser preciso fingir...

E tantas,
Tantas palavras loucas
E amarguradas...

by myself

Agarra-me

Agarra-me,
Segura-me,
O mais que puderes...
Não me deixes fugir porta fora,
Não me deixes perder-me por aí,
Não me deixes...
Segura-me junto a ti,
Para que te possa sentir.
Agarra-me,
Amarra-me,
Com toda a força que tiveres...
Não me deixes só,
Não me deixes cometer loucuras,
Não me deixes magoar,
Magoar-me!
Agarra-me antes que desapareça,
Que desvaneça num olhar,
E nunca mais volte a ser,
A viver...

Agarra-me,
Segura-me bem,
Para que a morte não chegue
E me leve para sempre.
Agarra-me,
Faz-me sentir-te bem por perto,
Amarra-me,
A ti,
Para que não morra
Com medo de te perder.
Segura-me,
Não me deixes ir embora
Da minha e da tua vida...
Agarra-me,
Segura-me,
Não me deixes partir.

Agarra-me,
Segura-me,
Não me deixes dizer adeus.

by myself

Estranho

Olhavas,
E eu fingia que não te via...
Admiravas,
Sorrias
E eu indiferente,
Como a lua caprichosa...
Paraste para comprar cigarros
E, nem sequer fumavas.
Amavas-me
Sem sequer me conhecer,
Olhavas para dentro de mim
E, fazias-me sentir,
Sentir-me...
De repente desapareceste,
E eu,
Nem sequer te ofereci um sorriso...
Desapareceste,
No meio da noite,
E eu nunca mais te vi,
Nunca mais te senti,
Nunca mais me senti!...

by myself


Ás vezes vamos na rua, no comboio, no autocarro... e subitamente alguém nos chama a atenção... um olhar, um sorriso... um movimentar-se por aí, indiferente ou não... olhamos, interessantemente... e pensamos como será akela pessoa... apetece-nos até chegar perto e perguntar "kem és"... mas fikamos no nosso cantinhu, qual animal enjaulado... não há coragem para tanto... e imaginamos, sim, essa capacidade de fantasiar fantástica... e depois, depois arrependemo-nos ou não de não termos dado esse passo para a loukura... para o desconhecido... e foi num desses momentos k te vi... em plena estação da cp, S.Bento... estavas lá, e eu... fikei por instantes presa a ti... a imaginar como serias lá bem dentro de ti...
Olho por cima do ombro, e ainda persistes na imaginação...

Máquina do Tempo

"O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma.
O resto, é a matéria.
Daí, que este arrepio,
este chamá-lo e tê-lo,
erguê-lo e defrontá-lo,
esta fresta de nada aberta no vazio,
deve ser um intervalo."

(Poesias Completas, 1975 - ANTÓNIO GEDEÃO)

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by myself

Pôr do sol

Pôr do sol

Após mais uma dessas infindáveis viagens do Porto pa casa... eis-m na estrada com este sol lindo á minha frente... felizmente trazia cmg a mákina... e este foi o resultado dessa paisagem linda k encontrei mm á minha frente...
Praia da Costa Nova 2004...

by myself

Momento uma espécie de céu

"Uma espécie de céu,
Um pedaço de mar,
Uma mão que doeu,
Um dia devagar.
Um Domingo perfeito,
Uma toalha no chão,
Um caminho cansado,
Um traço de avião.
Uma sombra sozinha,
Uma luz inquieta,
Um desvio na rua,
Uma voz de poeta.

Uma garrafa vazia,
Um cinzeiro apagado,
Um Hotel numa esquina,
Um sono acordado.
Um secreto adeus,
Um café a fechar,
Um aviso na porta,
Um bilhete no ar.

Uma praça aberta,
Uma rua perdida,
Uma noite encantada
Para o resto da vida.

Pedes-me o momento,
Agarras as palavras,
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas.
Levas a cidade
Solta no cabelo,
Perdes-te comigo
Porque o mundo é um momento.

Uma estrada infinita,
Um anúncio discreto,
Uma curva fechada,
Um poema deserto.
Uma cidade distante,
Um vestido molhado,
Uma chuva divina,
Um desejo apertado.

Uma noite esquecida,
Uma praia qualquer,
Um suspiro escondido
Numa pele de mulher.

Um encontro em segredo,
Uma duna ancorada,
Dois corpos despidos,
Abraçados no nada.
Uma estrela cadente,
Um olhar que se afasta,
Um choro escondido
Quando um beijo não basta.

Um semáforo aberto,
Um adeus para sempre,
Uma ferida que dói,
Não por fora, por dentro.

Pedes-me o momento,
Agarras as palavras,
Escondes-te no tempo
Porque o tempo tem asas.
Levas a cidade
Solta no cabelo,
Perdes-te comigo
Porque o mundo é um momento."

(Pedro Abrunhosa)

Pois é, não consegui resistir a mais uma letra fantástica do cantor dos óculos escuros...
Porque o mundo é um momento, quis aproveitar este pa vos deixar a nanar ao som desta música que poderia ser uma cançao de embalar, k nos pode fazer sonhar com esse tal momento em k nos perderiamos por aí, num hotel, num café, numa praça ou numa cidade inteira...
Aki fika sempre o cartão de entrada para o mundo dos sonhos... a porta está sempre aberta para kem keira sonhar... o chá está sempre kente, e na mesa uns biscoitos... aki é obrigatório sonhar... e para kem keira, descrever esses sonhos k serão concerteza todos igualmente fantásticos...
Pk sonhar é talvez a forma mais bunita k temos de imaginar esses momentos únicos das nossas vidas...

by myself

Fundo do mar

Fundo do mar

Gostaria de poder dizer k tirei esta foto no fundo do mar... teria sido uma experiência verdadeiramente inesquecível, sem kk dúvidas...mas, foi numa visita a um aquário, numa viagem com muita loukura à mistura... London aquarium...

by myself

Ambiguidades

Seria melhor, talvez, ocultar-te toda a verdade, ou pelo menos
um pedaço desse sentimento que dia e noite me atormenta!
Esse sentir que me faz mentir, chorar e odiar...
Esse sentir que me faz tanto bem, mesmo estando a ferir o meu
sorrir.
Este sentimento que te tenho, que me faz sentir-te por perto, mesmo
sabendo quão longe te encontras...
Este sentimento que me faz bater às portas dos céus, mesmo sabendo
que o meu destino é o fogo intenso dos infernos.
Gosto tanto de ti,
tanto que até me dói a alma!

by myself

Olhar digital 2

e k lindo é o nosso portugal... às vezes eskecemo-nos de olhar para akilo k nos rodeia... este foi um desses momentos em k não pude deixar de partilhar... espero k gostem

by myself
Paredes de Coura

Olhar digital 1

sun set

Sobre o nosso país vizinho...
Um pôr do sol in Spain...

by myself

Pegadas humanas

foot_print

Bem parece k a outra imagem não ker aparecer...
deixo-vos aki talvez a mais bela pegada humana k algum dia vi...
Espero k gostem...

by myself

Uma estranha forma de sentir

Só... uma musikinha a rolar, dakelas bem soft... "this is the closest thing to crasy i have ever been".... uma vela acesa, e k xeirinhu a orange k paira no ar...
Os sentimentos do ser humano são do mais fantástico k existe... a ambiguidade dakilo k sentimos, do k os outros axam ou percepcionam do k podemos ou não estar a sentir... o k transmitimos, o k captamos... o k pensamos, o k julgamos... os sentimentos k se sentem, k nos assolam a alma, as indecisões, o k é ou não correcto de sentir, o k nos é permitido, ou simplesmente "proíbido" sentir... o amor ou o desamor k se sente pelos outros... o gostarmos muito, o amar-mos, o gostarmos demasiado de alguém e altruisticamente podermos dizer "gosto demasiado de ti para te kerer só para mim"...
O destino k por vezes nos deixa um pouco baralhados... as pessoas fantásticas k entram nas nossas vidas, e k a fazem rodar e rodar... dar voltas de 360º, deixando-nos no mesmo sítio, um pouco tontos... como as reticências deste post k inevitavelmente vão surgindo entre cada despejar de letras misturadas na leve fragância a orange k envolve o ar k me rodeia... (cá estão elas mais uma vez, e outra e outra...)
"Cada pessoa k passa na nossa vida, passa sozinha... porke cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra. Cada pessoa k passa na nossa vida passa sozinha, e não nos deixa só, porke deixa um pouco de si, e leva um bocadinhu de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida, e a prova de k as pessoas não se encontram por acaso" (Charles Chaplin) E é mesmo assim... há cerca de 6 meses k recebi esta msg e não a consigo apagar do mail... sabe bem de vez em qdo passar por lá e saber k alguém axa k não nos encontrou por acaso... saber o qto somos importantes para alguém... e k alguém de vez em qdo se lembra k existimos, por mais ínfima k seja a lembrança...
E a saudade k angustia... a falta k nos faz alguém... mesmo k essa pessoa esteja por perto, nunca está qdo sentimos falta dela, ou não fosse a saudade ixo mesmo... a falta k alguém nos faz... pensamos nos amigos, essas pessoas tão lindas e insubtituiveis k tornam a nossa vida parecer e ser tão tão importante... a vontade de tar com essas pessoas tão especiais, de fikar, às vezes eternidades de tempo, k para nós não passam de pekeninos milésimos de segundo, k keremos sempre prolongar para sempre, para nos podermos sentir bem, mesmo k não exista uma conversa, um diálogo, só estar um pouco mais perto (fisicamente), um sorriso, uma lágrima, um leve levantar do sobrolho, um abraço, ahhh, um abraço... como eu gostava de poder permanecer num abraço infindável, fexar os olhos e fingir k o resto do mundo não existe... o coração a bater descompassado, pela emoção de um abraço... haverá melhor sensação?... o calor da pele, o leve respirar a passar na nossa pele, suavemente... quase, quase consigo imagina-lo, mas nunca é igual, nem tão pouco semelhante seker...
O k eu sinto, o k tu sentes... sempre tudo tão diferente... entranharmo-nos na pele uns dos outros, pk as palavras são sempre demasiado pekeninas para poderem expressar o k sentimos... sempre demasiado rígidas e pouco claras... e os nossos sentimentos, k não passam disso, os nossos sentimentos, k nunca ninguém saberá decifrá-los ao pormenor, como um puzzle incompleto, em k uma peça se perdeu por aí... os nosso sentimentos k são nossos, só nossos, e k nunca ninguém os sentirá como nós... nunca ninguém saberá como dói, ou como sabe bem senti- -los... e como dói pensar ixo...
Sentirmo-nos como loukos, sempre mais um pouko... ter consciência k o mundo existe mas k não é este o nosso mundo... voar sempre mais um bocadinhu e ter a certeza k chegaremos sempre a um patamar mais alto... correndo ou não o risco do céu se desmoronar... "this is the closest thing to crasy i have ever been" ... "being close to crasy is being close to you"...
Aos k são os verdadeiros, akeles k nos fazem existir.... gosto demasiado de vocês para vos kerer só para mim *******

by myself

Ser Poeta

"Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além-Dor

É ter de mil desejos o explendor,
E não saber sequer quem os deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor

É ter fome, é ter sede de infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!

É amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma e sangue e vida em mim,
E dizê-lo cantando a toda a gente."

(Florbela Espanca)


Imagino k já tenham lido este poemas dezenas de vezes... e ouvido a música k nos fika no ouvido mm k não queiramos... mas não consegui resistir... De Florbela Espanca, foram talvez os primeiros poemas k li, já lá vão alguns anitos...
E é mesmo como ela diz...
Às vezes ponho-me a pensar, e consigo sentir-me por vezes dentro da pele de um poeta... apesar de nem de longe, nem de perto merecer tal distinção... "Morder como quem beija!(...) É condensar o mundo num só grito!"
Assim, espero k apesar de, certamente, já o terem lido ou ouvido algumas vezes, o façam de novo... k consigam desprender-se da terra, de tudo o k é tão material nas nossas vidas, e k se entranhem na pele de um poeta... agarrem num lápis, num pedaço de papel k por aí ande perdido e k escrevam o k vos vai na alma... ou aki mesmo... num comment, sem papel ou caneta... fikarei ansiosamente á espera de descobrir o k vos vai na alma...

by myself

Verdade

"Felicidade não tem código de barras,
Nem os sonhos têm preço,
nem desejo tem amarras.
Os poetas não se vendem em plástico,
Nem um mundo sem prazer será fantástico.
Os deuses não se fazem de esmola,
Liberdade não se aprende só na escola,
Uma alma sem sexo não existe
Como um louco sem loucura não resiste,
Futuro não é chá de caridade,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.
Um muro por mais alto não separa
Os que têm fome dos que têm a seara.
A cidade virou hiper-mercado,
Se é da favela, não é gente, é malcriado.
O dono do mundo sentiu-se mal,
Não o deixam destruir a selva tropical.
Vendem-se meninos nas escadas do metro,
Fome é prisão,
humilhação de quem roubou,
O dinheiro transformou-se na vontade,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade.
O crucifixo é da cor do cinescópio,
Heroína, cocaína, odor de ópio.
A vizinha estreou-se na TV,
Matou o marido sem saber porquê.
A dor já se vende em video-cassete,
Beatas masturbam-se por Internet,
Sexo compra-se pelos jornais,
Videntes criam novos pecados mortais,
Quarenta índios morreram hoje ao fim da tarde,
Só o teu amor, por ser amor, é de verdade."

(Pedro Abrunhosa)


Para kê comentar o k é tão evidente... infelizmente ou não é a sociedade em k vivemos..."Felicidade não tem código de barras,
nem os sonhos têm preço, nem desejo tem amarras"...

by myself

Darkness

It’s darkness, my love,
Darkness inside of me,
One more day of pain
And I can’t see,
The darkness deep down inside
That it’s killing me.

It’s darkness, my love,
But it’s only darkness for me...

The end is coming
And the pain is going away,
Living me
In the darkness of this day...

It’s darkness, my love,
But the darkness is only for me.

by myself

A vida...

Que a vida não se vá
Pelo mundo desvairada,
Que o mundo não nos fuja
Deixando-nos na escuridão!
Que a vida se deixe viver,
E o mundo se deixe apanhar por nós.

E cada vez que nos apeteça gritar,
Não nos tomem por loucos...

E cada vez que nos apeteça chorar,
Não nos limpem as lágrimas...

Que as deixem prostrar-se por terra
E, beijar o chão...

Devagarinho!

by myself

Porque há dias em k a vida nos parece um pouco menos colorida... e apenas nos apetece fikar bem sossegados a molhar a almofada...

Eu não sei quem te perdeu

"Quando veio,
Mostrou-me as mãos vazias,
As mãos como os meus dias,
Tão leves e banais.
E pediu-me
Que lhe levasse o medo,
Eu disse-lhe um segredo:"Não partas nunca mais".
E dançou,
Rodou no chão molhado,
Num beijo apertado
De barco contra o cais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu.
Abraçou-me
Como se abraça o tempo,
A vida num momento
Em gestos nunca iguais.
E parou,
Cantou contra o meu peito,
Num beijo imperfeito
Roubado nos umbrais.
E partiu,
Sem me dizer o nome,
Levando-me o perfume
De tantas noites mais.
E uma asa voa
A cada beijo teu,
Esta noite
Sou dono do céu,
E eu não sei quem te perdeu."

(Pedro Abrunhosa)

De volta ao blog, após 4 dias sem escrever... vinha com esta música na cabeça...
"Abraçou-me como se abraça o tempo"... "Eu disse-lhe um segredo: Não partas nunca mais"...
a vida é assim, um corropio de emoções... em k às vezes nos apetece abraçar como kem abraça o tempo... como kem abraça o mundo, para nunca mais deixar de sentir a respiração de kem se abraça passar levemente no nosso pescoço... e pedir k "não partas nunca mais"... pk depois de nos sentirmos as pessoas mais amadas do mundo, invade-nos o medo, esse horrível sentimento de nos perdermos por aí sem k ninguém dê conta... sem k ninguém sinta a nossa falta...
e eu, tenho tanto medo k desapareças...

by myself

Sentidos

Não é preciso que me entendas,
Só que me sintas...
Não quero que me vejas,
Que me ouças...
Apenas quero ficar,
Na inquietude da solidão
Dentro de ti.

Não é preciso que entendas
Estes meus versos desenfreados,
Apenas a dor que sinto
Ao escrevê-los para ti.

Talvez não consigas,
Por nunca teres sentido tamanha dor...

Não é preciso que me entendas,
Só que me sintas,
Inquieta dentro de ti,
A amar-te,
A tocar-te,
A chorar-te,
E a sentir-te,
Como nunca me senti.

by myself

Traços

Este ar meio abstracto
Que as palavras têm ...

Os traços fogem
Ao nosso alcance,
O olhar endurece,
Entristece...

Os traços escapam,
Vagueiam,
Confundem-nos...
Desaparecem,
Aparecem,
Ofuscam-nos...

Estes traços,
Meio reais,
Meio abstractos,
Como as palavras
Que nos confundem!

by myself