sábado, maio 14

Para além dos sentidos

Como fui louca em procurar amor!
As minhas mãos calejadas
Na seda dos teus cabelos,
No pulsar da vida,
Para lá de mim, de ti...
Porque todos se perderam,
Num tempo sem tempo.

Caminho contra o vento,
Toda molhada de rio.
Num breve firmamento,
Uma sombra dolorosa enegrecida
Mantém-se na minha cegueira.

Entre a espuma do mar
Quero ser poeta,
Das trevas à alva
Na profunda escuridão da nossa voz...
Chorando pelo teu canto,
No abraço de uma onda,
Na sombra do pecado,
Presa ao encanto
Da espuma do mar.

Asas de vento,
Cadáveres de amargura
Em loucas ilusões
Daquilo a que chamam vida.

Quis na chuva tecer poesia
Mas o vento afastou as nuvens.
Agora rio de mim,
Rio amargurada.
Tenho um mundo vazio
Numa avenida tão cheia
Cor de um verde ondulante.
A tua estátua era sal,
Era uma alma deitada
Sobre a coberta do meu corpo,
Vagueando pelo meu espírito...

Imaginação que se afoga,
Pela vitória de quem matou o amor...
Rio que fica nuvem,
Que chora
E, se torna alvorada.

Quero então mergulhar,
Na magia dos teus sonhos,
Criar um poema
E, por fim renascer.

by myself

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

O facto de se conseguirem escrever palavras bonitas, não conferem obrigatoriamente sentido à frase. A poesia não é isso. Nem todos podem ser Florbelas Espancas...

maio 14, 2005 12:27 da manhã  
Blogger JJ said...

Retenho o final:

"Quero então mergulhar,
Na magia dos teus sonhos,
Criar um poema
E, por fim renascer."

A força imensa que gera vida e poesia já está presente; seguramente que os sonhos também; faça-se poesia, e estou certo que o renascimento acontecerá.

maio 15, 2005 6:17 da tarde  

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