Homenagem a Eugénio de Andrade
"As palavras
São como cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.Tecidas são de luz
e são a noite.E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quemas recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?"
São como cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.Tecidas são de luz
e são a noite.E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quemas recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?"
1 Comments:
...que aquele espantoso obreiro da palavra tenha uma viagem feliz!
para ti
XI
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