domingo, novembro 28

Amor

É noite...
Precisava de compreender tudo o que aconteceu, ou nada...
Às vezes cruzamo-nos, e sinto um frio que me invade como se fosse álcool e, instantaneamente me evaporasse.
Dá-me uma vontade louca de me embriagar de ti...
Apetece-me acender a luz para te ver melhor, os mais ínfimos pormenores de quem tanto amo, e sempre um pouco mais. Permitir-me ser tão pequena para que a dor seja menor...
Essa dor do tamanho do mundo e sempre mais um pouco, que me faz apetecer espetar agulhas debaixo das unhas, para não sentir o coração a bater angustiado e descompassado dentro de mim, sem dó (nem si bemol) ou piedade...
Amanheceu...
Tenho que tapar a cabeça com a almofada só para não ver o sol, ou para que ele não me veja, não me intimide, como tu tão bem o sabes fazer, inconscientemente ou não...
Nesta casa mergulhada em silêncio tento entender, entender-te, ou se calhar entender-me, mas não o consigo, nunca o consigo...
É um sem fim de perguntas, de respostas que nunca se encontram, nunca se encaixam ou se abraçam...
É um sem fim de pensamentos secamente molhados em lágrimas transparentes e salgadas que saem dentro de mim...
É um querer tão grande...dar-te tudo, dar-me sem reticências ( vírgulas ou pontos), mas que só o tempo o pode decidir...
É amar-te tanto, tanto que até me dói a alma...

Para um amor não de sempre, mas talvez para sempre...
Se a morte não chegar antes...

Morrer para nunca te esquecer, para nunca te perder, para que nunca saias de dentro de mim!...

by myself

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Adoro o que escreves...
Escreves com uma conviccao e uma emocao enorme.
Continua, os teus textos sao lindos.

novembro 28, 2004 2:53 da tarde  

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